terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Incredulidade dos PAPAS

Incredulidade dos PAPAS
Fonte: Folha Universal - Karl Weiss / Teólogo e escritor

A época da `pornocracia´ ou do domínio das meretrizes´


O celibato, criado pela Igreja Católica, foi acompanhado de escândalos ao longo da história. Ainda hoje, é comum vermos a imprensa divulgar deslizes morais cometidos por padres, sem contar os inúmeros fatos imorais de que nem mesmo tomamos conhecimento.
O período mais tenebroso do papado é de 904 a 963, sendo conhecido como a época da “pornocracia” ou do “domínio das meretrizes”.
O papa Sérgio III (904-911) obteve o ofício papal por meio de assassinatos. Além disso, transformou o Vaticano em casa de prostituição. Teodora e Marozia, por exemplo, eram meretrizes tão influentes no Vaticano que colocavam amantes e bastardos na cadeira de São Pedro. Sérgio III teve vários filhos com Marozia e, no ano 931, subiu ao poder João XI, filho deles.
O papa João X (914-928) assumiu o poder devido às articulações políticas promovidas por Teodora, mas foi assassinado por Marozia, que desejava o poder para seu amante. Ela alcançou seu objetivo e Leão VI (928-929) tornou-se papa, também logo assassinado pela própria Marozia, quando esta descobrira que ele estava apaixonado por outra prostituta. Em 931, João XI, filho de Marozia e Sérgio III, assumiu o papado, mas foi envenenado por seus opositores, em 935.
Em 955, ascendeu ao poder o para João XII (neto de Marozia) que violava sexualmente virgens, mulheres casadas e viúvas, além de conviver promiscuamente com a amante de seu pai. Acusado de vender relíquias, cometer assassinatos, adultérios, incesto, e sacrilégio, foi inquirido por seus opositores e, furioso, mandou matar uns e mutilar outros. Enfim, sem encontrar quem o pudesse conter, transformou o palácio papal num bordel, até o dia em que foi morto (964), pelo marido de uma mulher que violara.
O papa Bonifácio VII (984-985) manteve sua posição por meio de uma desonesta distribuição de dinheiro. João XV (985-996) repartiu as finanças da igreja entre seus amigos e parentes, ganhando a reputação de corrupto, em todos os seus atos.
João XIX (1024-1032) comprou o papado e, sendo leigo, passou por todas as ordens clericais em um só dia!
Bendito IX (1032-1044) tornou-se papa com 12 anos, graças a um acordo entre as poderosas famílias que dominavam Roma. Também foi adúltero, roubador e assassino, de maneira que o povo o lançou fora de Roma.
Inocêncio II (1130-1143) criador da Inquisição, mandou matar em torno de um milhão de pessoas, sob a acusação de herege.
O papa João XXIII ascendeu ao poder em 1410 - não confundi-lo com o recente João XXIII. Foi terrivelmente imoral. Desde que era cardeal, violentava virgens, mulheres casadas, freiras e viúvas, além de ter mantido um relacionamento íntimo com a sua cunhada. Abusou de mais de 1.000 mulheres, dentre as quais 300 freiras, e montou um harém, em Boulogne, com cerca de 200 adolescentes. Seu governo foi tão promíscuo que chegou a ser julgado no concílio de Constança e condenado por 54 crimes.
Pio II (1458-1464),além de sedutor, era corrupto e ensinava jovens a praticarem atos obscenos. Paulo II (1464-1471) encheu a casa papal com concubinas. Sixto IV (1471-1484) financiava suas guerras com recursos adquiridos por venda de ofícios eclesiásticos, e usava o papado para enriquecer a si mesmo e aos seus parentes. Nomeou cardeais, oito de seus sobrinhos, quando ainda crianças, sobrepujando em riqueza e pompa até mesmo as antigas famílias de Roma. Inocêncio VIII (1484-1492) teve 16 filhos com mulheres casadas e celebrou o casamento de alguns deles no próprio Vaticano. Como tantos outros papas, multiplicou os ofícios eclesiásticos, vendendo-os por bom preço.
Com Alexandre VI (1492-1503) foram 11 anos de promiscuidade. Ganhou a eleição para o papado subornando os cardeais. Antes de se tornar papa, viveu com uma mulher em Roma e, posteriormente, com a filha dela, com que teve filhos. Foram muitos os filhos ilegítimos. Foi amante da irmã de um cardeal, o qual, em 1503, se tornou o seu sucessor, recebendo a designação de papa Pio III. Em 31 de outubro de 1501, promoveu um festival de orgia no Vaticano que não teve igual na história humana. Contudo, o mais imoral de todos os seus gestos foi ter sido amante de sua própria filha, Lucrécia Borgia. Alexandre VI gloriava-se do “fastígio dos prazeres” em que viveu. Quem visita o Vaticano fica impressionado com o quarto que pertenceu a esse papa!.
Pio III (1503-1503) costumava consultar astrólogos antes de tomar decisões ou mesmo para saber seu futuro. Depois dele, ascendeu ao poder o papa Leão X (1513-1521). Por ser de família rica, comprou sua posição hierárquica na Igreja; com oito anos de idade, já era arcebispo, e, com 13 tornou-se cardeal. Manteve uma corte licenciosa, praticando passatempos voluptuosos com cardeais, em deslumbrantes palácios; gostava de dar banquetes, acompanhados de orgias e bebedeiras. Esse é o período da Reforma Protestante, e Lutero, portanto, enfrentou a ira de Leão X.
O papa Marcelo II (1555) registrou em sua biografia que “dificilmente um papa escaparia do inferno” (Vital del Marcelo p.132).
O papa Gregório VIII (1187) ordenou que se esvaziasse um grande aquário num convento de monjas em Roma. Foram ali encontrados aproximadamente, seis mil esqueletos de recém-nascidos. Diante desse horror, o papa Gregório VIII aboliu o celibato, mas seus sucessores o reinstituíram. Em outro convento em Niuberg, Áustria, desenterraram 20 potes com esqueletos de bebês.
O papa Pio IV (1559-1565) redigiu uma bula pedindo que todas as mulheres violadas sexualmente por padres apresentassem suas acusações. Os casos foram tantos que, em Sevilha, na Espanha, não houve condições para dar continuidade aos processos, sendo eles abandonados.
Atualmente, o Vaticano reembolsa, secretamente, as despesas com pílulas anticoncepcionais de seus funcionários.
Existem vários escritos que nos mostram a situação imoral e caótica da Igreja ao longo da história. Petrarca (1304-1374), o primeiro dos grandes humanistas do Renascimento, definiu a Igreja Católica na Epístola XII da seguinte maneira: A Igreja de Roma, Babilônia Infernal que empresta o mundo inteiro; cárcere indecente onde nada é sagrado; nenhum temor de Deus, habitação de gente de peitos de ferro, ânimo de pedra e vísceras de fogo”.
S. Bernado (1901-1115), doutor da Igreja, declarou: “O contágio pútrido havia se estendido pelo corpo da Igreja, o mal é interno e não há cura”. Dante (1265-1321), na Divina comédia, supôs que do céu se ouvia um lamento, pela situação da Igreja Católica, numa voz que dizia: “Oh Naves minha que carga ruim tu levas”.
Todos esses fatos podem ser confirmados em vários relatos, quer pela história oficial quer pela ficcional - esta, por apresentar características históricas implícita ou explicitamente em seu contexto

Jesus Te Ama e Eu também