IRÁ ACONTECER DE QUALQUER JEITO.
APOCALIPSE - Capitulo 8 versiculos 10 e 11
Absinto - Erva muito amarga, das compostas.
"Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. João 3:3-5
Na realidade, o testemunho de Oprah revela uma fé duvidosa que rejeita Jesus Cristo como o único caminho para Deus e o único caminho para a vida eterna. A declaração dela de que “há muitos caminhos para se chegar àquilo que vocês chamam de Deus”, enquadra-se com o que eu a ouvi dizer num programa de TV gravado, no qual ela se referiu a Eckhart Tolle, o novo guru espiritual do qual faz propaganda: “Deus não criou o homem, o homem é que criou Deus” (eu suponho que ela quisesse dizer que não há nenhum Deus como Aquele que a Bíblia apresenta). Mas, em vez disso, ela aceitaria um deus concebido pela mente do ser humano. Desse modo, ela se torna vulnerável à concepção de que, se existem muitas religiões, devem existir muitos caminhos que levam a Deus. Essa, naturalmente, é uma objeção frontal à declaração específica feita por nosso Senhor Jesus de que Ele é o ÚNICO caminho que leva a Deus (João 14.1-6).
Por que é tão difícil que alguém creia que Jesus foi o único homem que nasceu de uma virgem (de modo que não tivesse pecado em seu sangue); o único que cumpriu pelo menos 109 profecias referentes ao Messias prometido por Deus (ao passo que nenhuma outra pessoa conseguiu cumprir mais do que 8 profecias ou, na melhor das hipóteses, 10 profecias); o único que realizou mais milagres do que qualquer outra pessoa ou que anunciou mais profecias do que qualquer outro, das quais metade já se cumpriram (a outra metade das profecias refere-se a acontecimentos ainda futuros); o único que foi crucificado e, três dias depois, ressuscitou dos mortos; e o único que influenciou este mundo mais do que qualquer outro ser humano em toda a história? Nenhum líder religioso, filósofo ou grande pensador exerceu uma influência tão benigna sobre este mundo como Jesus Cristo. Contudo, milhões de pessoas se recusam a crer nEle! Por quê? Porque é uma questão inerente à vontade do ser humano. Cada um de nós foi dotado por Deus de um livre-arbítrio que é capaz de recusar Jesus ou de recebê-lO e de obedecer-Lhe pela fé. A escolha é nossa.
O próprio Senhor Jesus buscava esse mesmo fator de escolha, após confrontar os judeus de Sua época com Seu testemunho pessoal sobre Sua identidade, com o testemunho de João Batista que O conhecia muito bem, com todos os Seus milagres por eles testemunhados, com a voz do Pai ecoada dos céus por três vezes, e com as Escrituras do Antigo Testamento (João 5.17-40). Porém, a resposta que Jesus obteve deles se encontra nas seguintes palavras que Ele proferiu: “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (cf. v. 40). Apesar de tamanhas e convincentes provas, eles escolheram não crer em Jesus. Essa escolha se apresenta a cada pessoa que ouve o Evangelho e examina as evidências.
Entretanto, isso só afeta nossas vidas pelos próximos quatro ou oito anos. Porém, se os mesmos milhões de espectadores, que seguem os conselhos políticos de Oprah, derem ouvido aos seus conselhos espirituais quando ela insinua que “há muitos caminhos” para Deus, as conseqüências serão eternamente fatais. Esse é o principal problema dessa mulher tremendamente encantadora, com uma personalidade cativante, que ascendeu da pobreza e da obscuridade para se tornar uma pessoa de enorme influência no mundo atual. Em março de 2008, o site www.YouTube.com referiu-se aos 5,2 milhões de telespectadores de Oprah Winfrey como “a maior igreja do mundo”. Contando com os veículos de comunicação mais eficazes para influenciar a mente humana, a TV e o cinema, ela consegue inculcar nos seus fãs os conceitos da Nova Era e de outras doutrinas heréticas. O mínimo que se pode dizer, é que as crenças dela não parecem defender em nada a “...fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”, a qual Deus nos mandou ensinar (cf. Judas 3). O apóstolo Pedro afirmou: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12). Este é o momento de orarmos a Deus por essa mulher encantadora, talentosa e competente, que foi apresentada ao verdadeiro Caminho de Deus nos dias de sua juventude, a fim de que ela perceba que não deve permitir que Satanás e suas hostes demoníacas continuem a usá-la como um canal de engano espiritual para milhões de pessoas que a admiram.
“O que devo fazer? Não agüento mais!” Há algum tempo, a representante da fundação suíça Pro Juventude disse em um programa de rádio que essa questão é uma das que mais preocupa os jovens.
A pergunta “O que devo fazer?” é tão antiga quanto o próprio pensamento. O famoso filósofo Immanuel Kant já apresentava questionamentos semelhantes por volta de 1770: “O que posso saber? O que devo fazer? O que posso esperar? O que é o homem?”.
O homem pode procurar em muitos lugares, mas não terminará sua busca enquanto não recorrer à Bíblia. Só ela pode nos dar uma resposta conclusiva sobre o que devemos fazer e para que existimos.
Certa vez perguntou-se ao Senhor Jesus: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” (Jo 6.28), ao que Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (v.29).
A maior desgraça do ser humano é não crer
No dia de Pentecostes os judeus perceberam que não estavam realmente bem, apesar de seguirem todos os preceitos da lei. Devido à pregação cristocêntrica de Pedro aconteceu o seguinte: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2.37). A resposta de Pedro foi a única correta: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (v.38). O resultado não deixou de aparecer: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (v.41).
Saulo de Tarso era um homem que odiava Jesus e Sua Igreja de todo o seu coração. Transtornado pela ira, ele fazia de tudo para destruir a Igreja dos cristãos. Mas um dia o Senhor o encontrou. Vencido por esse acontecimento sobrenatural, Saulo fez a pergunta decisiva: “Senhor, que queres que faça?” (At 9.6, RC). O Senhor perdoou os pecados de Saulo e escolheu-o como apóstolo das nações. Além disso, ele recebeu um novo nome: Paulo.
O carcereiro de Filipos tinha a tarefa de vigiar dois prisioneiros com especial cuidado: o apóstolo Paulo e seu companheiro Silas. Esse guarda durão estava acostumado a muitas coisas. Ele cumpria sua tarefa seguindo regras rígidas, mas isso não lhe trazia satisfação. Ele teve tempo para observar Paulo e Silas. Assim, percebeu que eles não se queixavam da sua desgraça, mas começaram a cantar, sim, a louvar a Deus. De repente um terremoto abalou a prisão, de forma que as portas se abriram e as cadeias de todos os prisioneiros se romperam (At 16.26). O carcereiro acordou do seu sono, percebeu sua situação comprometedora e quis matar-se com sua espada (v.27). Talvez ele já estivesse questionando sua vida há muito tempo, sentindo-se frustrado por aquilo que havia dentro e em volta dele. Paulo percebeu isso e consolou-o. Depois disso o homem fez a pergunta decisiva: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16.30). Paulo respondeu sem hesitar: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (v.31). A fé nessa mensagem revolucionou a vida do carcereiro – ele tornou-se um novo homem no mais verdadeiro sentido da palavra: “Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (v. 33-34).
Vamos analisar com mais atenção as perguntas do filósofo Immanuel Kant, mencionadas no início:
O que posso saber? Você pode saber que Jesus é a esperança para a vida de todos. Para Ele não há casos perdidos. Você também pode saber que Ele tem poder para perdoar os pecados e dar não somente vida nova, mas vida eterna. Você pode saber que Jesus oferece um tipo de segurança que não acaba amanhã nem depois de amanhã. A vida espiritual do apóstolo Paulo começou com a pergunta: “Quem és tu, Senhor?... Senhor, que queres que faça?” (At 9.5-6). Pouco antes de sua morte, já idoso, ele pôde testemunhar: “...porque sei em quem tenho crido...” (2 Tm 1.12).
O que devo fazer? Os exemplos citados anteriormente mostram que é preciso decidir-se por Jesus, pois “a obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.29). As pessoas que tinham escutado a pregação de Pedro no Pentecostes aceitaram a Palavra de Deus de boa vontade. O carcereiro de Filipos ficou feliz por ter se tornado crente junto com toda a sua casa – esse foi um ato de decisão consciente. Ele se colocou à disposição do Senhor.
O que você deve fazer? Aceite o convite de Deus feito por meio do Seu profeta: “Buscai-me e vivei” (Am 5.4).
O que posso esperar? Quem realmente procura Deus vai encontrá-lO, obterá perdão dos pecados e viverá! Tal pessoa pode ter a esperança de que o Senhor nunca mais a abandonará e a conduzirá até a eternidade. Em Jesus, os fardos são aliviados, a esperança nasce, orações são atendidas e as dificuldades existentes são transpostas. Não dependemos mais de nós mesmos: Jesus está conosco!
O que é o homem? Sem Jesus ele é uma vítima indefesa de Satanás e do pecado. Mas com e por meio de Jesus o homem ganha uma nova posição: ele se torna filho de Deus, co-herdeiro de Jesus e, assim, herdeiro do Pai celeste. Então vale o seguinte: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17). (Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)
Deus entregou à humanidade o domínio sobre a terra e estabeleceu a teocracia como a forma de governo original deste mundo (Gn 1.26-29). Numa teocracia, o governo divino é administrado por um representante. Deus designou o primeiro homem, Adão, para ser Seu representante. Adão recebeu a responsabilidade de administrar o governo de Deus sobre a parte terrena do Reino universal de Deus.
Pouco tempo depois de ter dado esse poder ao homem, Satanás induziu Adão e Eva a se aliarem a ele em sua revolta contra Deus (Gn 3.1-13). Como resultado, a humanidade afastou-se de Deus e a teocracia desapareceu da face da terra. Além disso, com a queda de Adão, Satanás usurpou de Deus o governo do sistema mundial. A partir de então, ele e suas forças malignas passaram a governar o mundo. Conforme veremos a seguir, muitos fatores revelam essa terrível transição.
A Negação da Revelação Divina
O diabo tinha autoridade para oferecer o domínio sobre o sistema do mundo a quem ele quisesse, inclusive a Jesus Cristo, pois essa autoridade lhe tinha sido entregue por Adão (veja Lc 4.5-6). Foi por isso que Jesus chamou Satanás de “príncipe [literalmente, governador] do mundo” (Jo 14.30). João disse que o mundo inteiro jaz no maligno (1 Jo 5.19) e Tiago declara que todo aquele que é amigo do atual sistema mundano é inimigo de Deus (Tg 4.4).
Até este ponto de nossa história, o reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível. Trata-se de um domínio espiritual que incentiva o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade. As Escrituras nos ensinam que, no futuro, Satanás irá tentar converter esse domínio espiritual e invisível em um reino político, visível e permanente – dominando o mundo inteiro. Para alcançar seu objetivo, Satanás precisa induzir a humanidade a buscar a unificação sob um governo mundial. Ele também tem de condicionar o mundo a aceitar um governante político supremo que terá poderes únicos e fará grandes declarações a respeito de si mesmo.
Utilizando-se da tendência secular e humanista da Renascença e de algumas ênfases propagadas pelo Iluminismo, o diabo conseguiu minar a fé bíblica de porções importantes do protestantismo e também determinadas crenças do catolicismo romano e da Igreja Ortodoxa. O resultado foi que, no final do século XIX e no início do século XX, o mundo começou a ouvir que a humanidade nunca havia recebido a revelação divina da verdade.
No entanto, o único modo pelo qual a existência de Deus, Sua natureza, idéias, modos de agir, ações e relacionamento com o Universo, com a Terra e com a humanidade podem ser conhecidos é através da revelação divina da verdade. Por isso, a negação dessa revelação fez com que durante o século XX muitas pessoas concluíssem que o Deus pessoal, soberano e criador descrito na Bíblia não existe; ou, se existe, que Ele é irrelevante para o mundo e para a humanidade.
Essa negação da revelação divina da verdade resultou em mudanças dramáticas, que tiveram graves conseqüências na sociedade e no mundo. Em primeiro lugar, ela levou muitas pessoas ao desespero. Deus criou os seres humanos com a necessidade de terem um relacionamento pessoal com Ele, para conhecerem o sentido e propósito supremos desta vida. A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas. Esse vazio levou ao desespero e à extinção da perspectiva de alcançar o sentido e propósito supremos desta vida. Satanás, então, ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher esse vazio e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.
A Negação dos Absolutos Morais
A negação da revelação divina da verdade resultou também na negação dos absolutos morais. O argumento mais usado é: se os padrões morais não foram revelados por um Deus soberano que determinou que os indivíduos são responsáveis por suas ações, então os absolutos morais tradicionalmente aceitos foram criados pela humanidade. Assim sendo, uma vez que a humanidade é a fonte desses absolutos, ela tem o direito de rejeitar, mudar ou ignorá-los.
O resultado dessa racionalização falaciosa é que a sociedade acabou testemunhando uma tremenda decadência moral. Ela passou a rejeitar a idéia de que apenas as relações heterossexuais e conjugais são moralmente corretas, passando a desprezar e ameaçar cada vez mais os que defendem essa idéia. Movimentos estão surgindo em todo o mundo para redefinir legalmente o conceito de matrimônio e para forçar a sociedade a aceitar essa nova idéia, a abolir ou reestruturar a família e proteger a propagação da pornografia.
O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado em muitos países. Algumas pessoas ainda insistem em dizer que não existe questão moral nenhuma envolvida no suicídio assistido, na clonagem humana e na destruição de embriões humanos em nome da pesquisa de células-tronco. O assassinato e a mentira passaram a ser aceitos como norma. Essa falência moral ameaça as próprias bases da nossa sociedade.
A Negação da Verdade Objetiva e de Seus Padrões
A negação da revelação divina da verdade resultou na conclusão de que não existe uma verdade objetiva que seja válida para toda a humanidade. Cada indivíduo seria capaz de determinar por si mesmo o que é a verdade. Assim sendo, aquilo que é verdade para uma pessoa não é, necessariamente, verdadeiro para outra. A verdade passou a ser algo subjetivo e relativo.
A racionalização nos levou à conclusão de que não há padrão objetivo pelo qual uma pessoa seja capaz de avaliar se algo está certo ou errado. Agora ninguém mais pode dizer legitimamente a outra pessoa que algo que ela está fazendo é errado. Seguindo essa racionalização, nunca se deve dizer a outra pessoa que seu modo de vida é errado, mesmo que, vivendo dessa maneira, ela possa morrer prematuramente. Também não será permitido que alguém diga a um adolescente que o sexo não deve ser praticado antes do casamento. Afinal de contas, ninguém tem o direito de impor seus conceitos de certo ou errado sobre os outros.
Essa negação da verdade objetiva e do padrão objetivo de certo e errado é propagada através de uma “redefinição de valores” promovida por escolas, por universidades, pela mídia, pela internet, por várias publicações, por alguns tipos de música e pela indústria do entretenimento como um todo. Algumas universidades, inclusive, já adotaram uma política que abafa qualquer expressão do que é certo ou errado por parte de seus alunos e professores. Esse tipo de atitude resulta em censura e intolerância.
A negação da verdade objetiva e dos padrões objetivos de certo e errado motivaram alguns a defenderem que os pais devem ser proibidos de bater nos filhos quando estes fizerem algo que os pais acreditam ser errado.
A Redefinição da Tolerância
Isso tudo também resultou em um movimento que visa forçar a sociedade a aceitar um novo conceito de tolerância. A visão histórica da tolerância ensinava que as pessoas de opiniões e práticas diferentes deveriam viver juntas pacificamente. Cada indivíduo tinha o direito de acreditar que a opinião ou prática contrária à sua estava errada e podia expressar essa crença abertamente, mas não podia ameaçar, aterrorizar ou agredir fisicamente aqueles que discordavam dele.
Porém, a tolerância passou por uma redefinição. O novo conceito diz que acreditar ou expressar abertamente que uma opinião ou prática de uma pessoa ou de um grupo é errada equivale a um “crime de ódio” e, portanto, deve ser punido pela lei. Grupos poderosos estão pressionando o Congresso americano, por exemplo, para fazer com que esse novo conceito torne-se lei. Isso ocorrerá se for aprovado o que passou a ser conhecido como “lei anti-ódio”. Uma vez que nos EUA já existem leis contra ameaças ou prejuízos físicos causados a pessoas ou grupos de opiniões e práticas distintas, é óbvio que o objetivo desse projeto é tornar ilegal a liberdade de crença e de expressão. Se esse projeto for aprovado, os EUA passarão a ser mais um Estado totalitário, comparado àqueles que adotaram a Inquisição e o comunismo. [Tendências semelhantes se verificam na maior parte dos países ocidentais – N.R.]
Já que o mundo foi levado a acreditar que não há verdade objetiva válida para toda a humanidade e nenhum padrão objetivo que sirva para verificar se algo está certo ou errado, cada vez mais defende-se a idéia de que todos os deuses, religiões e caminhos devem ser aceitos com igualdade. Por isso, todas as tentativas de converter pessoas de uma religião para outra devem ser impedidas e as afirmações de que existe apenas um Deus verdadeiro, uma religião verdadeira e um único caminho para o céu são consideradas formas visíveis de preconceito. O pluralismo religioso está se tornando lugar-comum hoje em dia.
Se não há nenhum padrão objetivo para determinar o certo e o errado, então qual base uma sociedade ou um indivíduo pode usar para concluir que matar é errado? Isso incluiu os assassinatos praticados por médicos que fazem abortos ou os massacres provocados por psicopatas em escolas e em lugares públicos? Pois, talvez alguns desses atos violentos sejam resultantes do fato de seus autores terem concluído que, se não existe um padrão objetivo para determinar o que é certo e o que é errado, para eles é correto assassinar.
Se essa espécie de lei anti-ódio for aprovada, ela terá conseqüências drásticas. As pessoas que virem esse tipo de lei sendo posta em prática acreditarão que esse é o caminho correto. Mas, durante as campanhas eleitorais e nas sessões legislativas, os políticos poderão fazer acusações uns aos outros ou dizer que as ações dos seus oponentes são erradas?
O Desejo de Unidade
A negação da revelação divina da verdade gerou uma crescente convicção de que o objetivo da humanidade deve ser a unidade.
O Manifesto Humanista II diz: Não temos evidências suficientes para acreditar na existência do sobrenatural. Trata-se de algo insignificante ou irrelevante para a questão da sobrevivência e satisfação da raça humana. Por sermos não-teístas, partimos dos seres humanos, não de Deus, da natureza, não de alguma deidade.
O argumento prossegue:
Não somos capazes de descobrir propósito ou providência divina para a espécie humana... Os humanos são responsáveis pelo que somos hoje e pelo que viermos a ser. Nenhuma deidade irá nos salvar; devemos salvar a nós mesmos.
À luz do pensamento de que a salvação da destruição total depende da própria humanidade, o Manifesto continua:
Repudiamos a divisão da humanidade por razões nacionalistas. Alcançamos um ponto na história da humanidade onde a melhor opção é transcender os limites da soberania nacional e andar em direção à edificação de uma comunidade mundial na qual todos os setores da família humana poderão participar. Por isso, aguardamos pelo desenvolvimento de um sistema de lei e ordem mundial baseado em um governo federal transnacional.
Finalmente, o documento declara:
O compromisso com toda a humanidade é o maior compromisso de que somos capazes. Ele transcende as fidelidades parciais à Igreja, ao Estado, aos partidos políticos, a classes ou raças, na conquista de uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que desafio maior há para a humanidade do que cada pessoa tornar-se, no ideal como também na prática, um cidadão de uma comunidade mundial?
A existência de instituições internacionais, como a Corte Internacional de Justiça e as Nações Unidas, os meios de transporte rápidos, a comunicação instantânea e a internacionalização crescente da economia fazem com que a formação de uma comunidade mundial unificada pareça ser possível. O tremendo aumento da violência, incluindo a ameaça de terrorismo que paira sobre todo o mundo, pode levar a civilização a um governo mundial unificado em nome da sobrevivência.
A Deificação da Humanidade
A negação da revelação divina da verdade criou uma tendência em deificar-se a humanidade. Thomas J. J. Altizer, um dos teólogos protestantes do movimento “Deus está morto” da década de 60, alegava que, uma vez que a humanidade negou a existência de um Deus pessoal, ela deve alcançar sua auto-transcendência como raça, algo que ele chamava de “deificação do homem”. O erudito católico Pierre Theilhard de Chardin ensinava que o deus que deve ser adorado é aquele que resultará da evolução da raça humana.
Com tais mudanças iniciadas com a negação da revelação divina, Satanás está seduzindo o mundo para que caminhe em direção à unificação da humanidade. Ela ocorrerá quando todos estiverem sob um governo mundial único que condicionará o planeta a aceitar seu líder político máximo, o Anticristo, o qual terá poderes únicos e alegará ser o próprio Deus.
(Renald E. Showers - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)
Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo
(Apocalipse 1:3)
Talvez você seja como aquele paciente em um leito de hospital que, quando um visitante cristão lhe perguntou se poderia ler uma passagem da Bíblia, respondeu: “Pode, eu não me importo, desde que não seja
Deus ainda está tendo paciência. Ele ainda não tem intervindo com esses procedimentos proféticos apesar da maldade e injustiça do homem. Até que chegue o momento em que o julgamento colocará um fim nesse período de espera, Deus não cessa de atrair pessoas a Ele, a fim de que elas obtenham perdão e escapem de Sua ira. Mas os ponteiros de Seu relógio estão se movendo rapidamente.
Você é um dos que se sentem amedrontados com esse livro? É por isso que você se recusa a lê-lo? Mas não há escapatória! Simplesmente ignorar os sinais de perigo jamais irá remover o próprio perigo. Você tem de compreender que Deus o ama de maneira indescritível. O livro de Apocalipse fala sobre os julgamentos na terra, mas também nos fala do glorioso futuro dos redimidos no céu e do que Deus preparou para todos os que recebem Seu amor e crêem nEle. Abra esse livro e, à medida que for lendo, abra também seu coração para o amor do Pai.
Extraído do devocional "Boa Semente" - literatura@terra.com.br
Desde que esta nova doença começou no México e logo se alastrou por todo o mundo, diariamente os noticiários relatam de novos casos de contaminação no Brasil e outros países. Já é possível ver-se pessoas usando máscaras com o objetivo de se proteger do contágio desta gripe. Em alguns lugares escolas são fechadas ou eventos públicos cancelados para evitar que ela se alastre. Até se aconselha a não viajar para países onde já há um índice maior de propagação. A indústria farmacêutica trabalha incessantemente na busca de uma vacina contra este mal, que alguns já denominam pandemia mundial. Como esta doença pode levar à morte, o homem tem medo e faz de tudo para não ser atingido, ou seja, ele toma providências para se livrar da mesma e não sofrer as conseqüências.
Mas há algo muito pior nesta terra do que a gripe A. Algo que desde o começo da humanidade vem sendo transmitido de ser humano para ser humano. Algo que nasce com a pessoa e já se manifesta nos primeiros meses de vida. Este algo é o pecado e tem conseqüências muito piores do que a gripe A. A Bíblia nos diz em Romanos 6,23a: “Porque o salário do pecado é a morte”. Esta morte não é somente a morte física, mas a morte espiritual, que separou o homem de Deus. E diariamente vemos os seus efeitos nos seres humanos. A violência e a criminalidade aumentam. Professores que não sabem mais o que fazer com seus alunos que partem para a violência. Pais, que na aflição de ajudar um filho dependente de drogas, não vêem outra solução do que acorrentá-lo numa cama. E o consumo de drogas aumenta assustadoramente! A falta de amor entre as pessoas leva ao descaso umas pelas outras. Com o fim da estrutura familiar, crianças e jovens perdem a referência e ficam abandonados. Busca-se o melhor para si em detrimento do próximo. O egoísmo se alastra em nossa sociedade.
Qual é a saída? Será que o ser humano tem como se livrar do pecado e suas conseqüências? Há alguma força dentro do ser humano que pode mudar esta situação? Não. O homem já provou através dos séculos que ele não é capaz de vencer o pecado. Assim Deus, em Seu grande amor, nos apresenta o caminho para a verdadeira solução através de Seu filho Jesus Cristo. E Ele afirma em João 3,16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Claramente Deus nos mostra que há uma saída. Sim, há a possibilidade de nós não sermos dominados pelo pecado. Jesus, através de Sua morte na cruz, venceu o pecado. O problema consiste em que nós não aceitamos a solução que Deus nos apresenta. Agimos como uma pessoa que é aconselhada, pelo seu médico, a tomar certo remédio para ser curado mas “ignora” o conselho e por fim chega a morrer!
Hoje quando ouvires a Sua voz (o convite) não endureça teu coração... Aceita a saída que Deus te propõe! “... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23b). Reconheça que lutaste para mudar esta situação, da presença do pecado em tua vida, mas que não tens conseguido vencer. Se estás nesta situação, Jesus quer transformar tua vida. Ele quer dar-te uma nova vida. Uma vida da qual não te arrependerás! (Markus Steiger - http://www.ajesus.com.br)
Todos anseiam ser felizes. Ser feliz é o desejo mais profundo do coração humano. Por isso, na passagem do ano desejamos um Feliz Ano Novo uns aos outros. Quando alguém casa, desejamos felicidades para o futuro do casal. Alguém que se forma nos estudos também recebe os votos de felicidades para sua vida profissional.
Existem muitas coisas que "trazem felicidade" e que podem ter as mais diferentes formas: para o cavaleiro a felicidade deste mundo está no lombo de um cavalo. Se alguém escapou ileso de um acidente, costumamos dizer que ele "teve a felicidade de não se ferir". Quantos buscam sua felicidade no jogo, na loteria ou no esporte? Outros tentam alcançar a felicidade por meios artificiais. Recentemente lemos em uma revista:
A ânsia pela felicidade e por emoções fortes leva milhões de jovens a estenderem suas mãos para a droga Ecstasy. Mas depois da euforia vem a ressaca – física e emocional... A ânsia por felicidade, por sentimentos intensos e o contato com outras pessoas leva muitos jovens a consumirem a droga regularmente...
A busca da felicidade e da alegria de viver mostra com extrema clareza que o ser humano de modo geral é infeliz. Até as pessoas que parecem ter alcançado tudo o que este mundo pode oferecer em brilho e glória, muitas vezes dão provas de sua infelicidade. O mundo da música e do cinema fala de felicidade, amor e alegria, mas a vida de muitos artistas prova que eles próprios são tudo menos felizes. Todos falam de felicidade, mas tão poucos são felizes.
Onde reside a causa da infelicidade?
Sem Deus, seu Criador, o homem não consegue ser realmente feliz. Enquanto tentar viver longe de Deus, enquanto se esconder de Deus e tentar viver sua vida como se Deus não existisse, ele não conseguirá ser feliz de verdade. Lemos em Judas 16a: "Esses homens são exploradores constantes, eternos insatisfeitos..." (A Bíblia Viva). A causa de toda infelicidade está no pecado! Lemos na Bíblia: "...o pecado traz vergonha e desonra para uma nação" (Pv 14.34b, A Bíblia Viva).
Quanta infelicidade se origina em um caráter desconfiado ou infiel. Quanto sofrimento vem do egoísmo, porque cada um quer viver só para si. Mas quantos são infelizes por serem negligenciados, preteridos, desconsiderados pelos outros. E quantas pessoas vivem infelizes porque carregam uma culpa tão grande, um fardo tão pesado que os faz sucumbir. Davi reconheceu certa vez no Salmo 38: "Pois já se elevam acima da minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Sinto-me encurvado e sobremodo abatido, ando de luto o dia todo. Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração. Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças" (vv. 4,6,8 e 10a).
Não viver em comunhão com Deus, não ter perdão, ter de conviver com constante sentimento de culpa significa ser infeliz. O ser humano procura preencher esse vácuo se atirando nas aventuras mais extravagantes. Tenta fazer carreira, planeja sua vida até nos mínimos detalhes e busca segurança de todas as formas. Mas em seu coração continua infeliz. O príncipe Talleyrand, cujo patrimônio foi avaliado em 30 milhões de francos, escreveu na véspera de sua morte:
Eis que 83 anos se passaram! Quanta preocupação! Quanta inimizade! Quantas complicações! E tudo sem outro resultado a não ser uma grande inquietação quanto ao passado e uma profunda sensação de desânimo e desespero em relação ao futuro.
O que o ser humano precisa para a verdadeira felicidade?
Ele precisa de um relacionamento com Deus através de Jesus Cristo. Por essa razão o salmista diz: "Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo."(Sl 16.2) Chamar a Jesus Cristo de meu Senhor, nisso reside a felicidade permanente. Por isso o salmista continua confessando: "Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente" (v. 11).
O caminho para uma vida plena de felicidade e alegria se chama Jesus Cristo e consiste naquilo que Ele realizou na cruz por nós, que é o perdão dos pecados. Outra passagem da Bíblia diz: "Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade" (Sl 32.1-2a). Exatamente para isto Jesus veio a este mundo, morreu na cruz, foi sepultado e ressuscitou dos mortos, para nos colocar outra vez em comunhão com Deus pelo perdão dos pecados. Existe um hino que exprime isso de maneira muito acertada: "Vivo feliz pois sou de Jesus..."
Um hindu muito rico buscava a paz:
Ele se banhava no rio sagrado, fazia peregrinações estafantes – seu coração continuava sem paz. Até que um missionário lhe mostrou a cruz. Aí ele exultou: "Sorvi a mensagem como mel. Agora cheguei ao alvo de todo o meu anseio." (W. B. em "Spuren um Kreuz").
Viver em comunhão com Deus significa ser feliz. Jesus Cristo diz a todos os que crêem nEle: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração" (Jo 14.27b). O que Jesus conquistou na cruz para nós vai muito além daquilo que o mundo poderia nos oferecer. Ele nos trouxe a paz de Deus, perdão dos pecados e vida eterna. Quem vem a Ele e nEle crê recebe uma paz de espírito que não se acaba quando chegam dias difíceis, e que nos dá segurança para o futuro, porque o próprio Senhor é o nosso futuro.
A felicidade que Jesus nos dá não é um constante "andar nas nuvens", uma contínua sensação de bem-estar, livre de todos os desconfortos, mas é a certeza de estarmos abrigados nEle. Seguindo a Jesus, um filho de Deus não é poupado de todos os sofrimentos. Mas a felicidade não consiste exatamente em sabermos que, no meio de todo sofrimento, no meio de toda angústia estamos ancorados
Por isso o Salmo 1.1 diz sobre a verdadeira felicidade: "Como é feliz o homem que não vai atrás da opinião das pessoas desligadas de Deus" (A Bíblia Viva). E o Salmo 34.9 nos anima: "Se você pertence ao Senhor, ame e obedeça a Ele; para quem faz isso nada falta" (A Bíblia Viva). (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)
Na história do Universo nunca houve – nem haverá – traição maior. A criatura que representava a mais magnificente obra de seu Criador ressentiu-se de que sua glória era apenas emprestada, de que o papel que lhe estava destinado era o de tão somente refletir a infinita majestade do Deus que lhe deu o fôlego da vida. Dessa maneira, nasceu no coração de Lúcifer – e, em última análise, no recém-criado universo moral – o desprezível impulso da rebelião. Esse impulso originou a insurreição angélica que foi a mais terrível sedição na história em todos os tempos.
Uma questão preliminar
Por mais importante e original que tenha sido essa rebelião angélica, as Escrituras não incluem um registro específico do evento. No Antigo Testamento, Satanás aparece pela primeira vez no relato da queda de Adão (Gn 3). Ali, no entanto, ele já era o tentador caído que seduziu os primeiros seres humanos ao pecado. Dessa forma, já no início das Escrituras, a queda de Satanás é tratada como fato. Mas, por razões que não são esclarecidas em nenhum lugar, o próprio relato de sua queda está ausente nesse registro.
Ainda assim, o evento é lembrado duas vezes nos escritos dos profetas: por Isaías, em meio a uma inspirada diatribe contra a Babilônia (Is 14.11-23), e, mais tarde, por Ezequiel, quando ele repreende duramente o rei de Tiro (Ez 28.11-19). Essas duas passagens contam-nos a maior parte do que sabemos sobre a queda de Satanás.
Entretanto, aqui temos algumas dificuldades exegéticas. Em ambas as passagens, a menção da rebelião de Lúcifer aparece abruptamente num contexto que não trata, especificamente, de Satanás. Esse fato levou muitos estudiosos da Bíblia a rejeitar a idéia de que as passagens se referem a uma rebelião luciferiana e a insistir que elas focalizam exclusivamente os governantes humanos das nações pagãs às quais são dirigidas.
Apesar disso, é preferível entender que Isaías e Ezequiel propositalmente queriam levar os leitores para além dos crimes de reis humanos, guiando-os até a percepção do grande arquétipo do mal e da rebelião, o próprio Satanás. Essas passagens incluem descrições que, mesmo levando em conta a inclinação ao exagero por parte de governantes da Antiguidade, não poderiam ser atribuídas a qualquer ser humano. O emprego da primeira pessoa do singular (por exemplo: “Eu subirei...”; “exaltarei o meu trono...”; “me assentarei...”) em Isaías 14.13-14 refletiria um nível de ostentação indicativo de insanidade, caso fosse proferido por um mero ser humano, mesmo em se tratando de um dos monarcas pagãos babilônicos, que a si mesmos divinizavam. E qual rei de Tiro poderia ser descrito como “cheio de sabedoria e formosura... Perfeito... nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado...” (Ez 28.12,15)?
Além disso, a Bíblia ensina explicitamente que a perversidade do mundo visível é influenciada e animada por um domínio povoado por espíritos caídos, invisíveis (Dn 10.12-13; Ef 6.12), e que, em sua campanha traiçoeira e condenável de frustrar os propósitos do Deus verdadeiro, esses espíritos maus são dirigidos por Satanás, o “deus deste século” (2 Co 4.4).
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Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus” (Gn 11.4). |
É característico dos escritores bíblicos fazer a conexão entre o mundo visível e o invisível, e isso de forma tão abrupta que pega o leitor momentaneamente desprevenido. Quando Pedro expressou seu horror ante o pensamento da morte de Jesus, o Senhor lhe respondeu “Arreda, Satanás!” (Mt 16.23; cf. 4.8-10). De forma semelhante, repentinamente e sem aviso, o profeta Daniel pula de uma descrição profética sobre Antíoco Epifânio (Dn 11.3-35) para uma descrição similar do Anticristo dos tempos do fim (Dn 11.36-45). Antíoco, governante selêucida no período intertestamentário, precede o vilão maior que conturbará a terra nos últimos dias. Um salto abrupto e não-anunciado do mundo político ganancioso, auto-engrandecedor, visível, para o drama arquetípico que se desenrola num mundo invisível aos seres humanos – mas que, apesar de não ser visto, deu origem às atitudes denunciadas nessas passagens –, tal salto não está fora de lugar nas Escrituras.
Finalmente, por trás das conexões feitas nessas duas passagens pode muito bem estar um tema que freqüentemente retorna nas Escrituras. Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre” (Gn 11.4). A cidade era um centro de atividade comercial, enquanto a torre representava o ponto focal do culto pagão. Essa dupla caracterização do cosmo como expressão de egoísmo (o espírito ganancioso do comercialismo não-santificado) e de rebelião (a busca por ídolos) ressoa ao longo de toda a Palavra de Deus, chegando a um clímax em Apocalipse 17-18, onde anjos que se mantiveram fiéis a Deus anunciam a tão esperada e muito merecida destruição da Babilônia religiosa e comercial.
É instrutivo notar que enquanto todo o trecho de Ezequiel 26-28 repreende severamente a Tiro – o mais importante centro de comércio e de riqueza nos dias desse profeta – Isaías 14 denuncia Babilônia, que representa o centro da falsa religião ao longo de toda a Escritura. Talvez essa caracterização do cosmo caído como “cidade e torre” – tão importante naquilo que a Escritura afirma em relação ao mundo em rebelião contra Deus – ajude a explicar o salto dado pelos profetas nas passagens que consideramos. Quando contemplavam a cultura de seu tempo, que incorporava perfeitamente um elemento do cosmo caído, cada um deles se sentiu compelido pelo Espírito superintendente de Deus a focalizar a rebelião angélica dos tempos primitivos, a qual animava a rebelião humana que estavam denunciando.
Dessa forma, essas duas críticas severas, que identificam os espíritos perversos de cobiça inescrupulosa e rebelião espiritual, ajudam a explicar por que tais espíritos predominam tantas vezes ao longo da história humana. Os textos referidos, ao mesmo tempo, também antecipam a destruição profeticamente narrada em Apocalipse 17 e 18.
A linhagem de Satanás
De Isaías 14 e Ezequiel 28 emerge um quadro relativamente extenso de Satanás antes de sua rebelião.
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Lúcifer: essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol. |
Sua pessoa: Ele foi o ser mais exaltado de toda a criação (Ez 28.13,15), a mais grandiosa das obras de Deus, um ser celestial radiante, que refletia da maneira mais perfeita o esplendor de seu Criador. Assim, ele apropriadamente era chamado de Lúcifer. Essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol. O nome Lúcifer tornou-se amplamente usado como título para Satanás antes de sua rebelião porque é o equivalente latino dessa palavra. Na realidade, é difícil saber com certeza se o termo foi empregado com o sentido de nome próprio ou de expressão descritiva.
Seu lugar: Ezequiel afirmou que esse anjo exaltado estava “no Éden, jardim de Deus” (Ez 28.13). Aqui, a referência não é ao Éden terreno que Satanás invadiu para tentar a humanidade, mas à sala do trono
Sua posição: Satanás é denominado “querubim da guarda ungido” (Ez 28.14). Querubins representam a mais alta graduação da autoridade angélica, sendo seu papel guardar simbolicamente o trono de Deus (compare os querubins esculpidos flanqueando a arca da aliança – o trono de Javé – no Tabernáculo ou Templo, Êx 25.18-22; Hb 9.5; cf. Gn 3.24; Ez 10.1-22). Lúcifer foi ungido (consagrado) por sentença deliberada de Deus (Ez 28.14: “te estabeleci”) para a tarefa indizivelmente santa de guardar o trono do todo-glorioso Criador. Ele é descrito como sendo dotado de beleza inigualável, vestido de luz radiante, equipado com sabedoria e capacidade ilimitadas, mas também criado com o poder de tomar decisões morais reais. Portanto, a obrigação moral mais básica de Satanás era a de permanecer leal a Deus, de lembrar sempre que, independentemente de quão elevada fosse a sua posição, seu estado era o de um ser criado.
A queda de Satanás
Neste ponto, encontramo-nos diante de um dos mais profundos mistérios do universo moral, conforme revelado nas Escrituras: “Como é que o pecado entrou no universo?” Está claro que a entrada do pecado tem conexão com a rebelião de Satanás. Mas, como foi que o impulso perverso surgiu no coração de alguém criado por um Deus perfeitamente santo? Diante de tal enigma, temos de reconhecer que as coisas encobertas de fato pertencem a Deus; as reveladas, no entanto, pertencem a nós (Dt 29.29). E três dessas realidades claramente reveladas merecem ser enfatizadas:
Primeiro: a queda de Lúcifer foi resultado de sua insondável e pervertida determinação de usurpar a glória que pertence unicamente a Deus. Esse fato é explicitado em uma série de cinco afirmações que empregam verbos na primeira pessoa do singular, conforme registradas em Isaías 14.13-14. Nisto consiste a essência do pecado: o desejo e a determinação de viver como se a criatura fosse mais importante que o Criador.
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Lúcifer andava “no brilho das pedras” (Ez 28.14). Essa descrição refere-se à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura. |
Segundo: Satanás é inteira e exclusivamente responsável por sua escolha perversa. Nisso existe uma dimensão inescrutável. Alguns têm argumentado que Deus deve ter Sua parcela de responsabilidade por este (e todo outro) crime, porque, caso fosse de Seu desejo, poderia ter criado um mundo em que tal rebelião fosse impossível. Outros dizem que, se Deus tivesse criado um mundo em que apenas se pudesse fazer o que o seu Criador quisesse, nele não poderiam ser incluídos agentes morais feitos à imagem de Deus, dotados da capacidade de tomar decisões reais – e, conseqüentemente, de escolher adorar e amar a Deus. Há verdade nessa observação, mas também há mistério. O relato deixa claro que o orgulho fez com que Lúcifer caísse numa terrível armadilha (Is 14.13-14; Ez 28.17; cf. 1 Tm 3.6), mas nada explica como tal orgulho de perdição pode surgir no coração de uma criatura de Deus não caída e perfeita.
No entanto, não há mistério quanto ao fato de que Satanás é, totalmente e com justiça, responsável pelo seu crime. Ezequiel 28.15 afirma explicitamente que Lúcifer era perfeito desde o dia em que foi criado, “até que se achou iniqüidade em ti”. A culpabilidade moral é dele, e apenas dele. Na verdade, em toda sua extensão, a Bíblia afirma que Deus governa soberanamente o universo moral e controla todas as coisas – inclusive a maldade de homens e anjos – para que correspondam aos seus perfeitos propósitos. Mas ela também ensina que Deus não deve e não será responsabilizado por essa maldade, em qualquer sentido.
Finalmente, por causa de sua rebelião, Satanás tornou-se o arquiinimigo de Deus e de tudo o que é divino. Sua queda – bem como a dos espíritos que se uniram a ele – é irreversível; não há esperança de redenção. Satanás foi privado da comunhão com o Deus santo de forma final e irrecuperável. Para ser exato, Satanás ainda tem acesso à sala judicial do trono do Universo por causa de seu papel de acusador dos irmãos, papel este que lhe foi designado divinamente (Jó 1 e 2; Zc 3; Lc 22.31; Ap 12.10). Tal acesso, no entanto, é destituído da comunhão com Deus ou da Sua aceitação. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na história do cosmo, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas (Mt 25.41). (Douglas Bookman - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)